Explicando:
Alguém inventou a roda
láááááá atrás. Depois, outra pessoa encaixou essa roda num eixo, pôs em cima de
uma casca de árvore, amarrou-a a um pedaço de pau, criou um cabo para puxar o
cesto de rodas e nele passou a carregar pedra, raiz, batata, animal abatido, o
escambau... mais tarde, outro ser iluminado adaptou esse trambolho a um cavalo
e, pronto, criou a carroça, que continua sendo usada até os dias de hoje. E
mais, as carruagens foram revestidas de um amontoado de lata, ferro, plástico,
motor veicular e engenharia monetizada capaz de levar os consumidores de um
lugar a outro num piscar de cartão de crédito. E Deus viu que isso era bom e
tocou o bonde...
Da mesma forma, os primeiros
seres deixaram de ser andarilhos, se instalaram numa beira de rio, construíram
abrigos, começaram a plantar, a colher, foram se organizando, criaram normas,
regras, leis, regulamentaram funções e elegeram responsáveis pela condução das
instituições que se iam formando...
O tempo passou ante a arte
e o engenho. O gerenciamento da sociedade ficou ali entre quem era o mais
forte, o mais velho, o dono da riqueza, o escolhido por deus, o mais conhecido,
etc...
De lá pra cá, tudo isso,
de certa forma evoluiu e o mecanismo de interação entre os grupos foi se
aperfeiçoando e também se repetindo, de modo que, hoje em dia, o jeito de
governar as sociedades se apresenta tanto do modo moderno/contemporâneo, por
meio de escolhas e práticas democráticas, etc, quanto do jeito medieval e
primitivo. Quer dizer, evoluímos sem deixar de lado as raízes beeeem lá de
antes. Seria isso um dilema na humanidade? O lugar onde você habita é assim? Tá
gostando? Tá não? Tá nem aí? Reclamar onde? Nos quintos da civilização?!...
A senha para o entendimento
da geleia geral da evolução é que ao mesmo tempo em que somos seres evoluídos
no raciocínio pensativo (?), somos os mesmos primitivos de outrora. E Deus viu
que isso era bom e... deixa rolar!
Todo o passo a passo, todo
o percurso, cada tijolinho acrescentado pode ser chamado de força colaborativa da
linha do tempo.
É claro que em tanta sede
de existência houve espaço para um contrário se sobressair (senão nenhum jedai
justificaria seu heroísmo). Nem todos remam para o mesmo lado. Então, muitos
perseguem a sua razão nisso ou naquilo; adotam uma atitude adversária; elegem
uma força de crença e gritam bem alto, mesmo, às vezes, sendo poucos. Estabelecem
sua razão nisso ou naquilo. Lutam demais por seus ideais, suas bijuterias, seus
produtos de antiestética, seu gosto pessoal, seu partido, sua sopa de
emagrecer, sua linguagem artificial, sua voz de desabafo... não importando o resultado,
já que no curso da história, tudo acaba sendo corroído ou se incorporando à trajetória
temporal. Vale a coragem? Elas juram que sim. Por que não!? Vai saber...!
No final, o tom de colaboração
prevalece. Assim espero! Descontando o percentual de mediocridade reinante no
mundo, a vida é uma contínua consequência da consequência, um acréscimo de
realizações, um aperfeiçoamento do hoje e do que está por vir.
Pelo sim, pelo não a
melhor parte da história é a colaboração. Né!?